segunda-feira, 27 de outubro de 2008

pausa da memória// cotagonicidade

15 de outubro de Almíscar

Hey Dalm, tudo bem contigo? Espero que sim!
Fui até a loja de cd's e encontrei o Sanila. Ouvi midnoon pearl e lembrei de ti. Continuas escrevendo?
Fui ao banco e me atenderam tão mal, sabe? Pena que não tô mais em Aspen pra ter conta no Grom, enfin. As aulas pelo menos rendem pois os alunos são bem interessados, outro nível o colégio. Sto Alphonso tem dessas... dá gosto de ser licenciado. Tudo muito bem conservado.. até os piás expressam com mais desenvoltura. E insisto, venha me visitar em maio,ok?

Waldemiro

caractericidades, introdução à memória

Caderno de Dalmênico

Primaveras de maio
Hoje ouvi os relinchos de Aragão, rapazola de poucas feições e excedentes furores. Estuda filosofia na ruinada Aspen, estabiliza-se nos gregos e ousa pintar Kant.

Verão de abril
Entre hortas estudam Topázio e Agrimônia, irmãos de risos e aristotelicidades. Margaridam a cerúlea aspiana e jadeiam os aragonismos.

Outono de dezembro
Nasce Crisântemo, rapaz gracioso que habita o além.

domingo, 26 de outubro de 2008

caractericidades

Hoje é dia de Borja e candices, veloz aurora de cotagonistas.

Caderno de Dalmênico

Dezenove de julho de nenhum gregório.

Do frio gritou Bertrando e sem espirros se atirou no mar. Entre afoitos e algas descobriu a barrocidade e sua deusa, Lang. Hibernou nos ventres longos verões e na geada de abril lascou de sangue sua concha. Cada vez que fores ao mar, ouvirás um vento diferente de Bertrando.

Onze de outubro do mesmo ano.

Norteña e avessa à portos, assim é Garitéia. Criada pelas tias, não lamenta a falta de origem e cria os sobrinhos. Escapa nos crepúsculos e fita outras literaturas além confeitos. Visualiza vestidos mas não costura. A pobrinã da Luanda pede mais purês.

Vinte e um de janeiro de qualquer berrinho.

Rena não nasceu, é grega e imagina a vida através dos cristais. Reflete todas suas virtudes e ora por nós. <Ainda quebro teus vícios>




domingo, 5 de outubro de 2008

torta de plástico

Nas cascatas de cascalhos desterrados te relembro.
Na navalha novena de outubro suplico tua presença e Osíris me transporta até meu ancestral paraíso. Abrandado pela esmeralda, pouso sobre o círculo de primaveras hostis. Ursos e morangos, lembra? A Mnemósine é uma velha carrancuda que encouraça até o coração do mais puro chá. Sopra então de nótus a aurora. O paraíso só me estendia quando visualizava tuas melenas flúvicas, te moldava nos ramos de jasmim e respirava a arruda.
Chega de bucolicidades! Eros refez nossos granitos até o palácio carcomido remendado com tintas matriarcais. Cristalizado, assistia dançarinas de brasa morta. A performance aproximava do cinza mas logo do seio jorravam tempestades de polímeros e os temperava com gemas e afagos, colorindo tuas coroas.
Troveja uma chama familiar. Um guerreiro reacende nossas brasas. Seus triângulos me confundem e suas arestas raspam meus nylons. Com o levante voamos até os riachos italianos e alí recolhi mais pétalas ladrilhadas para minha caixinha. Dos laços explodiram sóis, gorjeios e outras centelhas de sabores. Uma delas estava guardada desde longas viagens. Uma lasca rubra. Com as novas madalenas de lã contruí um leque de grous e outras platonicidades.