quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Sorriso
Sinto falta daquele tempo em que não sentia o passar dos dias e não me preocupava com o futuro. Aquele tempo em que um sorriso não custava sair e as ações não eram planejadas. Parece tão perfeito agora e somente agora. Não parecia na época. Sinto falta daqueles sorrisos amigos e dos corações livres. Acreditavam que sempre estariam juntos. Agora tudo parece inevitavelmente distante mas haverá esperança de retorno (?). E volto a não mais criar. Filosofo como os meus. Sou deles e eles serão sempre meus. Saudades de tê-los por perto. Quero meu roxo de volta.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Degelo
Parece que sim. Demorei a acreditar. Não queria enxergar ou sentir. Por defesa me desfiz em gelo. Cristalizadas as sensações. Foi o golpe.
Esquentou mais e agora água se faz. Que dessa água nasça algo. Que não seja espelho ou qualquer fragmento de livro. Só poesia. É música o que quero ouvir. Que seja o que tiver de acaso e destino. Pulsa orquestra de cores no lago dos meus confins.
Esquentou mais e agora água se faz. Que dessa água nasça algo. Que não seja espelho ou qualquer fragmento de livro. Só poesia. É música o que quero ouvir. Que seja o que tiver de acaso e destino. Pulsa orquestra de cores no lago dos meus confins.
domingo, 14 de dezembro de 2008
Murcha
Avistei um avião. Ele mergulhava a todo instante no que eu desejava tocar. Como era capaz alcançar o impossível? Era livre e cada coração nele devia sentir o mesmo. Aquela velha sensação de deslocamento que um dia qualquer um sentiu ao sair do seu(s). Tudo parece diferente e alimenta a criatividade. As imagens são apenas para trazer de volta o nosso chão. Pés descalços no verde e olhos no azul. Sempre almejarão o céu. O sonho se acomoda e faz nascer a cada dia um novo amor perfeito.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Convite do filósofo
O ego é o motriz da destruição do que é humano; mas o cosmo ainda é humanidade. Um não sobrevive sem o outro. Um consome o outro. Não há maneira de ou motivo para se desvincularem.
domingo, 16 de novembro de 2008
cotagonicidades
Eu sei que você não faz questão de sequer lidar com esta situação mas tenha um mínimo de empatia, por favor? Essa indiferença consome todas as as veias dessa insolente brisa aspiana. Então páre! Você não é novato e não sou tão idiota quanto aparento. Caso você continue perseguindo a pobrezinha tomarei providências. Ela está perdida e precisa de cuidados.
Ass: Louise
Ass: Louise
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
pausa da memória// cotagonicidade
15 de outubro de Almíscar
Hey Dalm, tudo bem contigo? Espero que sim!
Fui até a loja de cd's e encontrei o Sanila. Ouvi midnoon pearl e lembrei de ti. Continuas escrevendo?
Fui ao banco e me atenderam tão mal, sabe? Pena que não tô mais em Aspen pra ter conta no Grom, enfin. As aulas pelo menos rendem pois os alunos são bem interessados, outro nível o colégio. Sto Alphonso tem dessas... dá gosto de ser licenciado. Tudo muito bem conservado.. até os piás expressam com mais desenvoltura. E insisto, venha me visitar em maio,ok?
Waldemiro
Hey Dalm, tudo bem contigo? Espero que sim!
Fui até a loja de cd's e encontrei o Sanila. Ouvi midnoon pearl e lembrei de ti. Continuas escrevendo?
Fui ao banco e me atenderam tão mal, sabe? Pena que não tô mais em Aspen pra ter conta no Grom, enfin. As aulas pelo menos rendem pois os alunos são bem interessados, outro nível o colégio. Sto Alphonso tem dessas... dá gosto de ser licenciado. Tudo muito bem conservado.. até os piás expressam com mais desenvoltura. E insisto, venha me visitar em maio,ok?
Waldemiro
caractericidades, introdução à memória
Caderno de Dalmênico
Primaveras de maio
Hoje ouvi os relinchos de Aragão, rapazola de poucas feições e excedentes furores. Estuda filosofia na ruinada Aspen, estabiliza-se nos gregos e ousa pintar Kant.
Verão de abril
Entre hortas estudam Topázio e Agrimônia, irmãos de risos e aristotelicidades. Margaridam a cerúlea aspiana e jadeiam os aragonismos.
Outono de dezembro
Nasce Crisântemo, rapaz gracioso que habita o além.
Primaveras de maio
Hoje ouvi os relinchos de Aragão, rapazola de poucas feições e excedentes furores. Estuda filosofia na ruinada Aspen, estabiliza-se nos gregos e ousa pintar Kant.
Verão de abril
Entre hortas estudam Topázio e Agrimônia, irmãos de risos e aristotelicidades. Margaridam a cerúlea aspiana e jadeiam os aragonismos.
Outono de dezembro
Nasce Crisântemo, rapaz gracioso que habita o além.
domingo, 26 de outubro de 2008
caractericidades
Hoje é dia de Borja e candices, veloz aurora de cotagonistas.
Caderno de Dalmênico
Dezenove de julho de nenhum gregório.
Do frio gritou Bertrando e sem espirros se atirou no mar. Entre afoitos e algas descobriu a barrocidade e sua deusa, Lang. Hibernou nos ventres longos verões e na geada de abril lascou de sangue sua concha. Cada vez que fores ao mar, ouvirás um vento diferente de Bertrando.
Onze de outubro do mesmo ano.
Norteña e avessa à portos, assim é Garitéia. Criada pelas tias, não lamenta a falta de origem e cria os sobrinhos. Escapa nos crepúsculos e fita outras literaturas além confeitos. Visualiza vestidos mas não costura. A pobrinã da Luanda pede mais purês.
Vinte e um de janeiro de qualquer berrinho.
Rena não nasceu, é grega e imagina a vida através dos cristais. Reflete todas suas virtudes e ora por nós. <Ainda quebro teus vícios>
Caderno de Dalmênico
Dezenove de julho de nenhum gregório.
Do frio gritou Bertrando e sem espirros se atirou no mar. Entre afoitos e algas descobriu a barrocidade e sua deusa, Lang. Hibernou nos ventres longos verões e na geada de abril lascou de sangue sua concha. Cada vez que fores ao mar, ouvirás um vento diferente de Bertrando.
Onze de outubro do mesmo ano.
Norteña e avessa à portos, assim é Garitéia. Criada pelas tias, não lamenta a falta de origem e cria os sobrinhos. Escapa nos crepúsculos e fita outras literaturas além confeitos. Visualiza vestidos mas não costura. A pobrinã da Luanda pede mais purês.
Vinte e um de janeiro de qualquer berrinho.
Rena não nasceu, é grega e imagina a vida através dos cristais. Reflete todas suas virtudes e ora por nós. <
domingo, 5 de outubro de 2008
torta de plástico
Nas cascatas de cascalhos desterrados te relembro.
Na navalha novena de outubro suplico tua presença e Osíris me transporta até meu ancestral paraíso. Abrandado pela esmeralda, pouso sobre o círculo de primaveras hostis. Ursos e morangos, lembra? A Mnemósine é uma velha carrancuda que encouraça até o coração do mais puro chá. Sopra então de nótus a aurora. O paraíso só me estendia quando visualizava tuas melenas flúvicas, te moldava nos ramos de jasmim e respirava a arruda.
Chega de bucolicidades! Eros refez nossos granitos até o palácio carcomido remendado com tintas matriarcais. Cristalizado, assistia dançarinas de brasa morta. A performance aproximava do cinza mas logo do seio jorravam tempestades de polímeros e os temperava com gemas e afagos, colorindo tuas coroas.
Troveja uma chama familiar. Um guerreiro reacende nossas brasas. Seus triângulos me confundem e suas arestas raspam meus nylons. Com o levante voamos até os riachos italianos e alí recolhi mais pétalas ladrilhadas para minha caixinha. Dos laços explodiram sóis, gorjeios e outras centelhas de sabores. Uma delas estava guardada desde longas viagens. Uma lasca rubra. Com as novas madalenas de lã contruí um leque de grous e outras platonicidades.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
O primeiro nó
Retorno às palavras. Desta vez com plasticidade, sonoridade e transtemporalidade.
Através da endeimosia, tecerei castelos pandêmicos, labirintos titânicos, pastos de ondas verdes e ruínas fantásticas. Terminada a obra, soprarei o sol e incendiarei os retalhos.
Dos deimos nasce esta centelha que cria e se descria. Corre lentamente até o universo.
O que acontece depois não importa, o que resta é criar.
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