sábado, 18 de abril de 2009

Sertão (in)solúvel


Chega ao mercado e onde estão as latinhas de coragem, Dona?
Ela fita os olhos do rapaz por alguns segundos.
Antes que qualquer íris se afogue: Acabou o estoque, moço...
Os olhos dele sequer ameaçam qualquer cacto.
O menino de eterno sertão volta para a rua sem saber o que beber amanhã.

Um comentário:

  1. apesar de teclado desconfigurado, vamos lá.. a imagem do sertão já tao gasta se desfaz aqui num sertao que (des)aparece no correr dos dias, no fundo do olhar, como sede, como essa necessidade que se poe entre ausencia e presença, como um caminho impossivel com a possibilidade de salvação, mas uma salvação que é a da palavra, do dia... do comum, do repetivo, mas ao mesmo tempo do cliche: o menino, as latinhas, retornam pras ruas, manipuladas enquanto sertão.. um ser-tão indizivel como a ameaça da improvavel presença de agua, como a presença de uma esperança...

    gostei.
    beijos

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